sábado, 24 de abril de 2010

Carro dirigido pelo olhar









Sex, 23 Abr, 05h30



BERLIM (AFP) - Um veículo dirigido apenas com o olhar é possível, segundo um protótipo desenvolvido por uma universidade alemã, batizado de "Spirit of Berlin", que fez testes de direção nesta sexta-feira, na pista do aeroporto de Tempelhof, no sul da capital alemã.


Trata-se de um pequeno ônibus da marca Dodge adaptado pela Universidade Livre de Berlim (FU, da sigla em alemão) para ser dirigido unicamente com o olhar, sem que as mãos tenham de tocar o volante.


O protótipo deu voltas na pista do aeroporto alemão desativado. "Esse tipo de veículo está proibido nas vias de circulação normais", disse Raúl Rojas, de origem mexicana, especialista em informática e diretor do departamento de "inteligência artificial" que desenvolve essa tecnologia.


Seu colega, que ocupou o lugar do motorista, usou um capacete dotado de uma câmera que foca os olhos. O mínimo movimento é transmitido ao computador que o transforma em impulso enviado à direção do veículo.


Cheio de receptores, cabos e processadores, o veículo é inclusive capaz de perdoar uma eventual falta de atenção do motorista, já que se não houver nenhuma curva no lugar para o qual a vista foi desviada, o automóvel anula a ordem de girar.


Batizado de "Spirit of Berlin", essa pequena joia tecnológica, com custo em torno de 150.000 euros, é "um passo rumo ao carro sem motorista", explica Rojas, que chegou a Berlim há 27 anos.


O departamento de "inteligência artificial" da FU de Berlim está, assim como as universidades americanas de Stanford e de Carnegie Mellon, na liderança das pesquisas neste setor, explica.


Mas a produção em massa desse veículo ainda está longe de ocorrer. Para isso, serão necessários de 20 a 30 anos para que a tecnologia amadureça e para que os veículos sejam autorizados pela legislação, conclui Rojas.


Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/alemanha_eco_auto_pesquisa_m__xico&printer=1

sábado, 10 de abril de 2010

O que é Letramento Digital?



A palavra “letramento” vem se incorporando ao vocabulário da área da Pedagogia para conceituar um processo que vai além da decodificação do sistema alfabético da escrita e incorpora a compreensão dos usos sociais da escrita. Letramento digital, portanto, significa não apenas saber como utilizar as tecnologias digitais, mas entrar em contato com ele de maneira significativa, entendendo seus usos e possibilidades em nossa vida social.
A palavra “letramento”, embora não seja nova, tem aparecido com freqüência nas falas pedagógicas. Será um simples “modismo”?

O Dicionário Houaiss nos apresenta as seguintes definições de letramento: “1) ant. representação da linguagem falada por meio de sinais; escrita 2) PED m.q. ALFABETIZAÇÃO (processo) 3) (déc.1980) PED conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito”.

Observem que a terceira definição vem acrescentar um novo ponto de vista às anteriores: se as primeiras se referem à representação gráfica dos sinais da escrita, a última inclui a idéia de competência de uso da escrita.
Como vemos, letramento não vem substituir alfabetização. Por outro lado, a capacidade de decodificar as letras e suas combinações não garante que o indivíduo seja capaz de utilizar a leitura e a escrita nas suas situações sociais.

Vamos ver mais de perto a definição de Magda Soares: “(letramento é) o estado ou condição de quem exerce as práticas sociais de leitura e de escrita, de quem participa de eventos em que a escrita é parte integrante da interação entre pessoas”. Para atingir esse estado ou condição é necessário dominar o código escrito e, ao fazer uso dele, ser capaz de participar das situações sociais que exigem o uso da leitura e da escrita, a partir de suas necessidades pessoais ou da sociedade em que vive. Isto significa um amplo leque de situações do cotidiano das pessoas, que podem ser: escrever uma lista de compras; orientar-se na cidade com ajuda de um mapa; entender a posologia na bula do remédio; escrever um poema; ler o horóscopo ou o resumo da novela; buscar informações sobre a situação econômica; ler artigos científicos ou mandar uma carta para um amigo.
O conceito de letramento, ao ser incorporado à tecnologia digital, significa que, para além do domínio de “como” se utiliza essa tecnologia, é necessário se apropriar do “para quê” utilizar essa tecnologia.
Trocando em miúdos: fazer um curso sobre um software de edição de texto, de imagem, ou planilha eletrônica nos ensina a dominar os códigos dessa linguagem, ou seja, a nos “alfabetizar” nela. Mas apenas se incorporarmos essas habilidades ao nosso cotidiano é que passarão realmente a fazer sentido e já fazemos uso delas quando utilizamos o cartão do banco, por exemplo.
No espaço escolar, contribuir para o letramento digital significa apresentar oportunidades para que toda a comunidade possa utilizar as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação como instrumentos de leitura e escrita que estejam relacionadas às práticas educativas e com as práticas e contextos sociais desses grupos.
Nesse sentido, o Programa EducaRede, focando a utilização da Internet como espaço de aprendizagem significativa, desenvolve suas ações embasado no conceito de letramento digital, focando três grandes eixos complementares, ou grandes aprendizagens, que são: pesquisar na Internet, publicar na Internet e comunicar-se digitalmente. No Portal EducaRede, por exemplo, os conteúdos, ferramentas, propostas e ambientes tornam possível que os participantes exercitem características fundamentais no processo educativo: a curiosidade da Pesquisa, a autoria da Publicação e a troca da Comunicação.

Referência bibliográfica
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. _____Novas práticas de leitura e e escrita: letramento na cibercultura. Educação & Sociedade ISSN 0101-7330 versão impressa Educ. Soc. v.23 n.81 Campinas dez. 2002.


http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_escola=744