quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Seduc participa de encontro sobre tecnologias da informação no currículo

Com o maior número de professores e coordenadores escolares matriculados em cursos de tecnologias de informática na Educação, Mato Grosso foi destaque no Encontro Nacional de Formação para a Elaboração de Projetos Integrados de Tecnologia no Currículo realizado recentemente em Goiânia (GO).

O Estado foi representado por 45 professores formadores dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (Cefapros) e de Núcleos de Tecnologia Municipal (NTM), além do coordenador de Formação em Tecnologia Educacional, da Superintendência de Formação da Secretaria/Seduc-MT.

Conforme o coordenador Edevamilton de Lima Oliveira, os Cefapros (centro de formação) são o diferencial que o estado possui para estar à frente dos demais nas metas de formação para o uso das tecnologias da informação.

Em 2009, a Seduc teve 7.662 professores matriculados num curso de 40h, sobre o Uso do
Linux Educacional. Numa segunda etapa de formação - Tecnologias de Informação e Comunicação - teve 5.969 matriculados num curso de 100 horas. Totalizando 13.631 matriculados. O estado que mais se aproximou desse número foi o Paraná com cerca de 9 mil matriculados, no entanto, somente na primeira etapa (40h). No país, foram 63.692 participantes do curso de 40h e 21.354 no curso de 100h.

Para 2010, a meta é de 10.190 em que se buscará a aplicação em sala de aula de todo o conteúdo recebido durante o encontro de Goiânia. De acordo com coordenador, é hora de o professor aplicar “no chão da sala de aula” os recursos da informática na Educação, incorporados a sua metodologia de trabalho.

Para viabilizar a formação destes professores, Mato Grosso tem se destacado também na quantidade de formadores/multiplicadores bolsistas nas salas de formação. São 330 pessoas que recebem bolsas do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). A formação de profissionais para a otimização dos Laboratórios de Informática Educativa das escolas é uma das estratégias do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo).

Outra estratégia deste programa é capacitar os próprios alunos para a otimização do uso dos laboratórios. No Cefapro de Cuiabá, começou no início deste mês, a formação de 48 alunos da Rede Estadual e 48 das Redes Municipais, na modalidade presencial e à distância, com o pagamento de bolsas para pequenas despesas do curso. A intenção é de que estes alunos auxiliem o professor e incentivem os demais alunos ao uso de recursos de tecnologias da Educação.

SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT


Fonte:http://www.seduc.mt.gov.br/conteudo.php?sid=20&cid=9359&parent=20

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Novas tecnologias na Educação

No quadro negro, as imagens se movimentam com o toque das mãos. Nas tradicionais carteiras, além de cadernos e lápis, as crianças podem acessar a internet. A cena que parece ser de um filme de ficção científica está mais real do que se imagina. Essas e várias outras tecnologias já estão sendo utilizadas em escolas brasileiras.

Em Pelotas (RS), a Escola de Ensino Fundamental e Médio Mário Quintana já aderiu às lousas digitais desde junho do ano passado. Segundo a professora de língua portuguesa da escola, Thaís de Almeida Rochefort, a ferramenta permitiu que os alunos dessem “vida aos conhecimentos”. “Assuntos antes tratados de maneira menos interativa, agora fazem com que os alunos se sintam parte deles, co-autores”, explica.

Ela e outros professores têm recebido treinamentos constantes para se adaptar à nova tecnologia. “A cada aula descobrimos novas possibilidades de tornar a escola mais próxima e significativa”, conta, ao ressaltar que a reação dos alunos não poderia ser mais positiva.

Um exemplo de programa que pode ser utilizado na lousa digital é o software em três dimensões. Com ele, os professores podem elaborar aulas interativas, revelando o interior de uma célula, o relevo de um mapa, ou até mesmo os músculos do corpo humano. Basta, por exemplo, tocar o dedo na tela para o sistema solar aparecer e se movimentar.

Desenvolvido pela empresa P3D, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e o Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), o software já está sendo utilizado em 200 escolas privadas e 30 públicas no Brasil. O programa não tem texto, nem guia de voz, somente imagens de grande qualidade gráfica. Segundo a professora Jane Vieira, executiva da P3D, esta característica é uma vantagem porque as imagens podem ser usadas com qualquer material didático, independentemente de filosofia, pedagogia e didática. Jane Vieira garante que em breve o instrumento será oferecido em software livre, o que permitirá que todas as escolas utilizem gratuitamente.

Já no município de Serrana (SP), cidade próxima a Ribeirão Preto, as carteiras eletrônicas são a novidade. Conhecidas como Lap Tup-niquim, elas dispõem de uma tela sensível a toques, sobre a qual se pode escrever, fazer desenhos ou equações. O tampo pode ser levantado, e abaixo dele fica um teclado, caso seja necessário digitar. A CPU do computador fica acoplada embaixo da carteira.

Desenvolvidas em parceria pelo Centro de Pesquisas Renato Archer (Cenpra), de Campinas, instituição do Ministério da Ciência e Tecnologia, e pela Associação Brasileira de Informática (Abinfo), empresa abrigada na Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec), cerca de 300 carteiras eletrônicas já estão sendo utilizadas na Escola Municipal Maria Celina. De acordo com Victor Mammana, idealizador do projeto, o diferencial da carteira é justamente a superfície de interação. “Como diz Bill Gates, a próxima revolução não será de conteúdo nem da forma de apresentá-lo, mas, sim, da maneira como o corpo humano irá interagir com a tecnologia”, afirma. O projeto tem apoio da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação.

(Renata Chamarelli)

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=17